PDF - ESTUDE E VIVA
http://bvespirita.com/Estude%20e%20Viva%20(psicografia%20Chico%20Xavier%20e%20Waldo%20Vieira%20-%20espiritos%20Emmanuel%20e%20Andre%20Luiz).pdf
NA ESCOLA DA ALMA
Levantam-se educandários em toda a Terra.
Estabelecimentos para a instrução primária, universidades para o ensino superior.
Ao lado, porém, das instituições que visam à especialização profissional e científica, na
atualidade, encontramos no templo espírita a escolada alma, ensinando a viver.
Semelhante trabalho de burilamento do espírito, porém não é novo.
Lucas, o evangelista, conta-nos que Jesus (1), num sábado em Nazaré, participou de uma
assembléia de fiéis, junto da qual leu uma página de Isaias, com vistas à edificação dos
ouvintes, provocando, aliás, acirrada discussão.
Mencionamos o fato para salientar os hábitos de estudo nas coletividades de então,
porquanto, para citar o Cristo, à feição de mestre, basta recordar-lhe a palavra
constantemente endereçada ao povo, tanto nas praças quanto nos recintos familiares,
qual aconteceu na casa de Betânia.
(2)
No dia de Pentecostes
(3), mensageiros sublimes prevaleceram-se das faculdades
medianímicas dos continuadores diretos de Jesus e falaram, em línguas diversas,
instruindo a multidão sobre assuntos de espiritualidade superior.
Sabemos que um Espírito amigo se aproximou de Felipe (4) e solicitou-lhe a gentileza
de encontrara caminho um alto funcionário etíope, a fim de ler em comunhão com ele
certas passagens das Escrituras.
As cartas de Paulo aos cristãos de várias comunidades eram lidas
(5) e trocadas para
as elucidações devidas, nos centros de cultura evangélica dos tempos apostólicos.
Justo assim, que as instituições espíritas, revivendo agora o cristianismo puro,
sustentem estudos sistemáticos, destinados a clarear o pensamento religioso e traçar
diretrizes à vida espiritual.
Atentos à sugestão confortadora de amigos, organizamos o presente volume (6),
que
consubstancia, de modo leve e ligeiro, os resultados de quarenta reuniões públicas de
Doutrina Espírita, nas quais examinamos, livremente, nós, os servidores desencarnados,
os ensinamentos de Allan Kardec (7), juntamente de nossos companheiros encarnados.
(8)
Certo, cada capítulo deixa o assunto em aberto para o exame de outros
comentaristas que desejem partilhar conosco a felicidade do estudo, através do livro, de
vez que, na própria palavra do apóstolo Pedro (9), verificamos que nenhum conceito da
escritura é de interpretação particular.
Em apresentando, pois este livro aos companheiros do mundo, recorremos à palavra
do Cristo, quando nos exorta: “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”.
(10)
Efetivamente, não alcançaremos a libertação verdadeira sem abolir o cativeiro da
ignorância no reino do espírito. E forçoso será observar que o conhecimento é um tipo de
aquisição que exige de nós caridade para conosco, porque se é possível sanar as
deficiências do corpo pelas doações da beneficência, como sejam o alimento ao faminto e
o remédio ao doente, a luz do espírito não se transmite nem por imposição, nem por
osmose.
Quem aspira entesourar os valores da própria emancipação intima à frente do
Universo e da Vida, deve e precisa estudar.
Emmanuel
Uberaba, 11 de fevereiro de 1965.
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.).
Nenhum comentário:
Postar um comentário